quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

MUSEU VIRTUAL


MUSEU  VIRTUAL 



A MÁQUINA REGISTRADORA







               Quem entrasse na Farmácia Gama, logo dava "de cara" com a velha máquina registradora. Este modelo da marca NCR foi utilizado por Gama durante quase três décadas.
                Após posicionar as pequenas hastes (não sei se é este o nome correto) indicando o valor a ser registrado, a sequência era a seguinte: apertar o botão no lado superior direito da máquina, ouvir o característico "plimmm" e , em seguida, girar a manivela até a gaveta da registradora abrir. Depois bastava "passar o troco" e devolver ao cliente, juntamente com o medicamento ou perfumaria comprado.
                





 
O JACARÉ EMPALHADO

      Certa vez um amigo passou na recém aberta Farmácia Gama e deu-lhe de presente um pequeno jacaré empalhado, pedindo-lhe que sempre o conservasse. Durante toda a existência da Farmácia Gama / Casa Gama, o pequeno bichinho empalhado esteve no alto de uma prateleira atiçando a imaginação, principalmente das crianças, que às vezes tinham medo ou curiosidade.  

O  OVO  DE  PEDRA

                  Quando Gama voltou de Pium feliz da vida porque tinha acabado de comprar o terreno onde pretendia construir uma granja,trouxe um achado inusitado: uma pedra em formato de ovo. Era do tamanho de um ovo de galinha e foi pintada com tinta à óleo branca para ser utilizada como peso para papéis na Farmácia. Esta foi sua serventia desde 1990 até 2010. Com o passar dos anos, a tinta foi sendo desgastada e o "ovo de pedra" foi retornando ao seu aspecto original, e para completar a trajetória deste inusitado objeto, nada melhor do que devolvê-lo à natureza: foi arremessado às águas do rio Pium em 2014 por Flávio Gameleira.

 
TAÇAS & TROFÉUS 

           No campinho de futebol que havia no terreno em frente à granja eram realizados alguns jogos bastante disputados de futebol de areia. O jogo tradicional e mais esperado era o confronto entre o time dos "novos" contra o time dos "idosos". Defendendo os novos estavam os jovens Flávio, Idalécio, Ivanécio, João Maria, Irandré e todos os amigos da mesma faixa etária que tinham passado o domingo tomando banho de rio, subindo em pés de caju e correndo para cima e para baixo lá em Pium. Do outro lado estavam os mais experientes Gama, Ilton, Pedro, Patrício, Carlos e todos os maiores de 50 anos que tinham passado o domingo comendo carne assada na brasa com cerveja.
            Começava o jogo e logo os "novos" partiam para cima na base da correria. Os idosos se fechavam na defesa e tentavam sair no toque de bola. O interessante é que os Idosos além de controlarem o tempo de jogo*, ainda apitavam e autorizavam a cobrança de faltas e marcavam, acredite, impedimento em algumas jogadas de ataque dos Novos. No final, se ninguém tivesse cortado o supercílio, quebrado algum dedo da mão ou levado bolada nas partes baixas, o saldo da pelada era positivo.
*( Se o placar estivesse favorável aos Novos, o relógio de seu Gama parecia que parava: o jogo era esticado até os Idosos empatarem a partida. Já quando a partida estava favorável aos Idosos, ou mesmo empatada, os ponteiros corriam de forma acelerada, fazendo com que o jogo terminasse logo).
 
          Mas os troféus surgiram da vitória em jogos ou torneios organizados por Gama com o seu Vasco jogando contra os times de seus amigos. O "Time do Lago Azul" - formado por funcionários do antigo clube situado na Lagoa e o "Time da CDM" - formado por funcionários da CDM e amigos, eram alguns dos convidados a participar dos torneios. Na foto acima, o troféu menor representa a vitória no 1º torneio realizado naquele campinho. Na plaquinha fixada na base, lê-se: "Torneio Águas Cristalinas. Campeão. 25/07/93". Já a taça do centro é alusiva ao "Jogo do tira-teima" que serviu para desempatar uma "melhor de três" entre o Vasco do Gama e o time dos amigos.

 
 A REDE E O RÁDIO 
         Dois companheiros inseparáveis de Seu Gama. A rede das boas sonecas após o almôço (recuperando forças para voltar ao trabalho à tarde) e após o jantar. Como descanso merecido após um dia intenso, ele deitava na rede após o jantar e assistia TV, alternadamente com alguns cochilos. Quando alguém via que ele estava dormindo e mudava de canal, ele logo despertava, dizia que estava acordado e voltava para o canal que estava "assistindo". 
          O rádio era companheiro desde as 04:30 da manhã, quando acordava, até a hora de dormir. Notícias, músicas, jogos do ABC e as acaloradas resenhas esportivas eram seus programas favoritos. O programa "Resenha do Povo" ao meio dia na Rádio Cabugi era obrigatório*.
         *(Sabendo disso, quando eu e os amigos da ABO participamos  do programa em um dia de sábado, tratei de ligar para casa e avisar que daria um jeito de falar na Farmácia Gama ao vivo. Improvisei lá uma imitação da voz do plantonista José Lira e o comandante Hélio Câmara gostou. Como o microfone já estava comigo, aproveitei e mandei um grande abraço para o pessoal da 15, em especial para o meu pai, proprietário da Farmácia Gama. Espertamente, "SuperHélio" tratou logo de fazer o comercial de uma outra farmácia que era anunciante do programa, mas eu já tinha falado e Seu Gama aprovou!!!)